Brasileiros estão cada vez mais preocupados com calorias

Brasileiros estão cada vez mais preocupados com calorias
Uma pesquisa feita pelo Ibope descobriu que o novo consumidor agora quer saber cada detalhe do que vai comprar.

Nem as letrinhas miúdas das embalagens passam despercebidas. O problema é que as letras são tão miúdas e as informações tão difíceis, que fica difícil de entender. Ainda assim, o brasileiro procura consumir alimentos mais saudáveis, com menos calorias. É uma preocupação com a saúde que se mostrou presente em todas as classes sociais.

Brasileiros estão cada vez mais preocupados com caloriasNo carrinho, os alimentos industrializados mais saudáveis nunca apareceram tanto. É o que mostra pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias de São Paulo com 1,5 mil famílias em todo o país. O consumidor está mais exigente.

“O que se destaca nessa pesquisa é realmente o interesse pelas calorias, o que denota inclusive uma preocupação estética do consumidor brasileiro. É uma preocupação em todas as classes sociais”, aponta o gerente de agronegócios da Fiesp Antonio Carlos Batista Costa.

“Presto atenção na quantidade, preço, e o que eu estou consumindo. Olho a composição do alimento. Não compro coisa gordurosa”, atesta a psicóloga Ivani Molina.

Na hora de comprar, a embalagem conta muito. Mas não é a cor, nem os desenhos, nada que chame a atenção. Os consumidores estão agora interessados na parte de informação nutricional. Segundo a pesquisa, 69% dos entrevistados leem cada uma das informações nutricionais antes de comprar.

Na lista de prioridades, os consumidores querem saber primeiro quantas calorias têm o alimento (52%). Em seguida vem o nível de gordura (39%). Nas classes D e E, a preocupação com a gordura, que praticamente não existia, agora é grande (43%).

O Conselho Regional de Nutricionistas considera fundamental a mudança. Mas faz uma ressalva.

“Precisa facilitar um pouco ao consumidor aquilo que está escrito. Dizer o que bom para ou é ruim para. O consumidor vai ter uma clareza do que está comprando”, diz a vice-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo Sandra Chemin.

A instrumentadora cirúrgica Juliana Sá aceita o desafio e tenta entender o rótulo: “Qual a diferença de gorduras totais e gorduras saturadas? Eu não sou nutricionista. Tem que fazer curso para ler. Poderia ser mais claro”.

A pesquisa ouviu 1,5 mil famílias em todo o país. Os pesquisadores também perguntaram sobre o peso do consumidor: 48% disseram que estava tudo certo. Só 11% admitiram que estavam bem acima do peso.

Fonte: Bom Dia Brasil

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