Prática de esportes aumenta motivação no trabalho

Prática de esportes aumenta motivação no trabalho
Empresas têm investido no incentivo às práticas de exercícios

Que a prática de esportes proporciona qualidade de vida e saúde, não há dúvidas. Mas como o esporte transforma o dia a dia de trabalho das pessoas? Cada vez mais preocupadas em melhorar as condições de seus funcionários, as empresas têm investido no incentivo às práticas desportivas. As respostas são unânimes: investir em esporte é retorno certo.

— O número de faltas diminui, e os funcionários vêm trabalhar com mais motivação. Aqueles que eram obesos perdem peso e ganham autoestima, o que afeta diretamente o seu desempenho e a integração com os colegas — afirma Fernando Sergio da Mata Borel, gerente do departamento de recursos humanos da Cenibra.

A indústria mineira de celulose, que investe nesta área desde 1998, apoia toda manifestação esportiva de grupos criados por seus empregados. O investimento se dá através da contratação de técnicos para jogos de equipe, fornecimento de material e uniforme, transporte e estadia em casos de competições, além de exames médicos e orientação nutricional.

Na empresa em que trabalha Alexandre Balestrin Corrêa, 37 anos, diretor de desenvolvimento de softwares, uma avaliação física feita por um personal trainner foi o suficiente para que muitos funcionários passassem a dar mais atenção à alimentação e buscassem atividades físicas.

—Quando um colega pratica esporte, incentiva o outro a praticar também. Às vezes, vamos correr juntos, o que cria um espírito de camaradagem fora da empresa, onde não há níveis hierárquicos. No trabalho, sou diretor, mas, no esporte, não. Essa troca de papéis é muito saudável — diz Corrêa.

O especialista em informática  pratica remo de três a quatro vezes por semana. Atleta desde 2002 e participante de competições em categorias master, Corrêa garante que, além dos benefícios do contato com a natureza, a prática esportiva é obrigatória para quem passa horas na frente do computador.

— É uma fuga do escritório. Nosso corpo não é feito para isso, é feito para se movimentar — argumenta.

Rosane Zuchetto, supervisora do Centro de Distribuição de Correspondência de Esteio, pratica a natação como forma de relaxamento após um dia corrido de trabalho. Campeã nacional por três vezes consecutivas no torneio de natação dos Correios, a funcionária busca, agora, incentivo para treinar perto de casa.

— Os Correios pagam 100% do valor, mas só há natação em Porto Alegre. O preço do meu transporte até o local não vale a pena, por isso já encaminhamos um projeto solicitando incentivo para as cidades da Grande Porto Alegre.

Luis Oselame, diretor executivo de administração de finanças da Randon participações, alerta que incentivar o funcionário a praticar esportes ajuda a criar laços mais fortes com a empresa.

— Muitos não podem pagar para treinar em clubes, então, tentamos ajudar de alguma maneira. Pessoas envolvidas com esportes são mais saudáveis, ficam longe de drogas e ajudam na manutenção das unidades. Se damos oportunidade, sempre nos surpreendemos positivamente com elas.

Para Oselame, um pequeno gesto da empresa pode transformar a vida de centenas de funcionários. Atualmente, a Randon e a Cenibra investem cerca de R$ 500 mil e RS 130 mil por ano, respectivamente, na prática de esportes.

Fonte: Pioneiro

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